sexta-feira, 25 de abril de 2008

Onde está Madonna?

Do caderno Ilustrada da Folha de São Paulo de hoje, 25/04/2008:

Rolando no chão ou como Evita, ela capturava atenção. Em "Hard Candy", o que menos vemos é... Madonna

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

MADONNA É uma ótima cantora não porque tenha uma ótima voz, mas porque sua personalidade desde cedo transbordava em tudo o que ela fazia. E personalidade é o que falta em "Hard Candy", que ela lança nesta semana, 25 anos após seu álbum de estréia.
Esperta, antenada com o que rola no pop, Madonna sempre mudou de direção, disco a disco, escudada por gente competente, como Reggie Lucas, William Orbit, Mirwais, Stuart Price.
Mas, seja rolando no chão vestida de noiva, ou no clipe lascivo de "Justify my Love", ou mesmo na infeliz interpretação de Evita, Madonna capturava toda a nossa atenção. Já em "Hard Candy", o que menos vemos ou ouvimos é... Madonna.
Talvez porque os produtores com os quais ela havia trabalhado apenas lapidavam a estética pop de Madonna. "Hard Candy" é um disco não de Madonna, mas de produtor: de Timbaland, de Nate "Danja" Hills e de Pharrell Williams.
Gente que sabe o que faz. Timbaland ressuscitou Nelly Furtado e Justin Timberlake; Danja colocou um pouco de ordem no caos de Britney Spears; e Pharrell, bem, é só ouvir o que ele fez em "I'm a Slave 4 U" (Britney).
Mas Madonna não precisa ser ressuscitada -e essa parece ser a real intenção deste disco, em que a cantora está diluída no meio de r&b e pop-rap.
Não é coincidência que a faixa "Beat Goes On" só ganhe força perto do fim, quando Kanye West toma os vocais, enquanto o single "4 Minutes" é reanimado pelo apoio de Justin Timberlake.
Pouco se salva ali, como "Miles Away" e "Give It 2 Me". E "Incredible" merece ser citada: é tão ultrapassada e cafona que até Paris Hilton ficaria constrangida em mostrá-la em público.


Minha opinião:Concordo em grande parte com tudo o que esse jornalista disse.Nesse CD não se ve Madonna em lugar algum, ela parece uma mera coadjuvante, aliás ela é coadjuvante.E não é uma ressucitação e sim uma apelação para tentar voltar as graças dos Americanos.
Só que para mim NADA nesse CD salva.Aposto que os bitolados idiotas irão mandar trocentos emails para a Folha falando mal do cara, só por ele ter dito a verdade, e dado a opinião dele.

Um comentário:

Anônimo disse...

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